Jogaste-me em outros braços
não sabias que preferia os seus
mudaste teus passos e sorrisos
não sabias que te amava do jeito que tu eras
com olhos curiosos olhavas-me
degustando cada palavra que meus lábios proferiam
chegaste ao coração da menina faceira
para encontrar a mulher
de sorrisos largos passamos a sonoras risadas
caminhamos lado a lado sem pensar no futuro
o tempo longe se fez perto...
Mas chegou o silêncio amargo e inquietante
do riso se fizeram lágrimas contritas
e o tempo senhor de maravilhas e tragédias
te fez a cada dia bem distante
Elzenir Apolinário
Teu poema tem tanto de beleza quanto de mistério. Não lia um poema assim desde meus dezessete anos... – e tenho lido o mundo todo. É um poema estudantil. Não foi escrito por uma mulher, foi escrito por uma moça, menina apaixonada, insegura do que seu amado sente, mais insegura ainda do que o destino lhe reserva, mas enormemente, fortemente segura do amor que lhe dedica, esse amor novo, adolescente demais para uma mulher feita, contudo verdadeiríssimo dentro de seu coração! Há algo do melhor de Vinícius nesse poema, uma dose de Drummond, um verso de Bandeira, e um não sei quê, de não sei quem (teu, decerto! teu, decerto!) que é mais belo que uma biblioteca toda de poemas! A professora é uma aluna apaixonada – o mistério do poema aparenta tanto ser este! E como um poema que li aos meus dezessete anos, ela insinua que não é, talvez, amada; mas, no fundo, lá no fundo, seus versos são um jogo de sedução adolescente; porque, no fundo, bem lá no fundo, ela sabe o quanto é. Belíssimo, belíssimo, belíssimo. Beijossssssssss
ResponderExcluirLucas, extrema emoção ao ler-te. Parece que vc conhece minha alma como ninguém. Quem é vc, que chega e despe minha alma? Vc superou meus versos. Mto obrigada pela constante presença e pela contribuição que vc agrega ao meu autoconhecimento. Abraços
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