Busco palavras que me levem
ao caminho para minha alma
rebusco memórias, apago sentimentos
e recomeço a escrever nas páginas da vida
Imploro à inspiração que me resgate
salve da amargas linhas que
permeiam meus pensamentos
Quem me dera fosse apenas corpo
incólume às agruras da alma
Este corpo não me pertence
procuro minha moldura
da vida, suave como a poesia
Saio à procura de mim mesma
entre versos que me traem
e me retorço em vão
nesta cadeira inerte
inquietamente...
Meu corpo poético nasce
entre tantas indagações
sou verbo e não carne
sou alma em forma de versos
Elzenir Apolinário