A chuva cai mansamente lá fora
e aqui dentro só silêncio
atordoada busco saída
para a tempestade que
se irrompe dentro de mim
Chuva mansa lá fora
e aqui dentro uma torrente
de pensamentos agitam
minha mente e meu coração
Percorro os cantos da casa
ouço músicas, mas nada me alenta
tranco-me em minha solidão
que nada diz, apenas sufoca
Caio em prantos no quarto escuro
lágrimas incontidas descem por
meu rosto desfigurado pela dor
uma dor imensa que com grande
esforço pede para sair da alma
{ }
Até quando?
De onde vem esta dor?
Apenas perguntas ....
Poderia ser a saudade
de tudo o que não vivi.
Elzenir Apolinário
Oi, Elzenir, boa noite!!
ResponderExcluirO poema é essa porta, para muitos imaginária, mas para nós, poetas, bastante real, por onde nosso ser, bastante real, penetra às realidades invisíveis aos olhos da razão, mas tão enxergáveis aos olhos da alma.
Toda vez que chego aqui, a porta, com sua placa “entre sem bater” está descerrada, e eu entro...
Hoje, encontro esse poema maravilhoso.
Chuva lá fora e cá dentro o cair de prantos entenebrecida pela dor, em um quarto escuro... Chuva lá fora, tempestade cá dentro... Nada que alente, nem mesmo o maior de todos os alentadores produzidos pelo homem: música! E a dor sequer tem um foco inconteste... Talvez seja até mesmo a saudade do que se queria ter vivido e não se viveu.
Já li coisas lindas, na vida – mas você surpreende! E, neste poema, se supera! Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Intenso, tocante, inspirador, absoluto. É um dos poemas mais belos dos que espero ler em 2013, não importa quais e quantos leia.
Definitivamente, eu amo mesmo esse blog.
Um beijo carinhoso
Doces sonhos
Lello
P.S. - Eu tinha visto essa imagem num blog também maravilhoso, e pedi à dona autorização para usá-la num poema... Mas, diante do que já se escreveu com essa imagem... perdi toda a coragem... rs
Obrigada pela gentileza de sempre, Lello. E vamos esvaziando a alma e traduzindo-a em versos. Abraços
ExcluirA dor é o que nos empurra para a rua, para a vida, para o recomeço.Beijos.
ResponderExcluirA dor não é nossa vilã, ela é o trampolim para nosso triunfo espiritual. Abçs
ExcluirEsa melancolía y ansiedad que nos encierra dentro de nosotros mismos y sólo las lágrimas pueden limpiar esa frustración.
ResponderExcluirPrecioso Poema.
Um abraço.
Uma melancolia que vem não se sabe de onde e fere como um espinho cravado na alma. As lágrimas são o fim do tormento. Abçs
ExcluirElzenir,
ResponderExcluirlindo poema, que condiz com meus sentimentos atuais. Minha tempestae.
abraços, sonia.
Obrigada, Sonia, mas saia deste momento sombrio o mais rápido possível, não vale a pena. Abraços
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