13 ANOS SEM RENATO RUSSO

Vivendo legião Urbana

Há tempos encontrei Eduardo e Mônica em Angra dos Reis. Demorei para entender que aquele era um strani amore, é que minha visão de acrilic on canvas só me permitia ver um amor idealizado. Enquanto isto João de Santo Cristo tentava entender a incógnita chamada Brasília. Mas aquele não foi um tempo perdido, éramos muito jovens e sonhávamos conhecer um país que não é este.
O tempo passa e João Roberto faz dezesseis anos e não sabia que era um lobisomem juvenil, mas que era o rei dos pegas da Asa Sul. Eu tentava entender a relação entre pais e filhos para poder ajudá-los.
Um dia ficaria perplexo por saber que o descobrimento do Brasil tinha uma história diferente: a menina trabalhava no correio e namorava um menino eletricista. Quase sem querer, acreditei nesta história.
Eu escrevi seu nome com giz e, inexplicavelmente, fiquei esperando meu amor passar, então, rimei romã com travesseiro, lancei metal contra as nuvens e criei um monte castelo na areia ,enquanto o amor não vinha. É que eu não o compreendia.
Busquei a perfeição nos mais longínquos lugares e esperei as quatro estações, nada havia mudado, mas veio a tempestade e surgiu perto de mim um anjo triste que deixou a sensação de que eu estava indo de volta para casa, para casa de meu pai!

Espero que nosso pai tenha dito: " Parabéns, Renato, você fez um bom trabalho."

Saudades eternas de uma fã incondicional de suas músicas e poesias.

Elzenir Apolinário

Renato Manfredini Júnior 27/03/1960 a 11/10/1996