se reconhecem em meio à multidão
complicam, mas logo descomplicam
rondam umas as outras
à procura do que já sabem
logo ali está a felicidade

Olhares cúmplices e lábios sedentos
sonhos pares que não encontram limites
sentimento resguardado no infinito
gêmeos desejos a embalar os corpos
almas reféns do amor possível ou impossível
Corações entrelaçados como os salgueiros
livres aves soltas que querem voar juntas
desbravar a desconhecida rota da vida
almas amantes e errantes que juntas
são uma alma só...
Elzenir Apolinário