
Escrever não dói, o que dói é abafar sentimentos
num canto escuro da alma
Se estou alegre meus versos dançam e não cabem em si
Se estou triste derramo em versos a minha dor
Não preciso de analista o poema é meu divã
Preciso urgentemente de um lugar tranquilo
Onde possa transformar- me em palavras
Onde possa ser quem eu sou
Alegria ou angústia
Força ou fraqueza
Coragem ou medo
Quero um canto de sossego para
Em versos contar meu contentamento
Ou meu penar
Elzenir Apolinário
(Homenagem a meu poeta favorito, Carlos Drummond de Andrade, um mestre)