
Olhe-me de verdade
não para as curvas do meu corpo
mas para os sonhos guardados em meus olhos
Fácil é observar minhas formas
Difícil é conhecer o caminho para o meu coração
Olhe de novo
Veja como sou realmente
meu rosto quer um toque suave de suas mãos
Quero ouvir de sua voz
doces palavras de carinho
Chegue mais perto...
Sinta meu coração aflito
Pense nos mistérios que em mim
há por desvendar
Olhe para meu rosto
Toque meus cabelos
Meus olhos querem te ver
Meus braços aguardam os abraços seus
Mais perto...
Olhe para mim, apenas olhe para mim.
Elzenir Apolinário
Este poema é uma dialógica construída através de uma imagem do blog de meu amigo Everson Russo, o qual admiro muito, "Apenas olhe para mim", pede a Everson e aos homens em geral que contemplem também nossos sentimentos mais íntimos, os sonhos guardados nos recônditos de nossas almas.